Se de meus dedos escorrem sentimentos, que traduzo em palavras, é porque sou toda deles. E inquestionavelmente dominada por eles. Até mesmo quando escrevo, e é aí mesmo que deles me faço escrava. Por livre vontade, pela minha simples lealdade por eles.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Marry money???


É o que prega o livro recém-lançado nos Estados Unidos (algo como “Garotas casam com dinheiro: como as mulheres foram levadas a acreditar no sonho romântico – e como estão pagando por isso”), escrito por Daniela Drake, médica que fez MBA e trabalhou com consultoria, e Elizabeth Ford, produtora de TV ganhadora de um Emmy. Bem sucedidas profissionalmente, mas separadas de seus maridos, elas se sentiram no dever de alertar as mulheres para o que classificam como um erro: casar-se por amor.
As autoras voltam ao mundo pré-feminismo para defender que é estúpido o romance servir de base para um casamento. Elas dizem que, quando o amor não era razão para fazer um casamento, ele também não virava motivo para seu fim. Daniela separou-se do marido por achar que o amor tinha acabado, mas se arrependeu. “As coisas poderiam ser diferentes se eu soubesse que o amor é transitório e que sua falta não é razão para terminar um casamento”, disse ao jornal britânico
The Times. Detalhe: seu ex-marido enriqueceu depois da separação. Pelo jeito, o arrependimento surgiu do saldo da conta bancária.
Mas preocupar-se com dinheiro na hora de escolher um homem não é uma vergonha, como o título do livro já deixa claro. Para quem tem dúvida, elas esclarecem: “Em vez de procurar por amor, procure por segurança, daquele tipo que você possa contar em dólares e cents”. O livro também aconselha que as mulheres se casem cedo – enquanto são bonitas e férteis – e satisfaçam-se sexualmente pela masturbação. As autoras questionam quem torce o nariz para o conselho: “Por que a sociedade aplaude uma mulher que fica caída pelos grandes olhos azuis de um cara e denuncia outra que escolhe um homem com uma conta bancária cheia de verdinhas? Qual a diferença? Ganhar dinheiro é, antes de tudo, um reflexo de seus valores e caráter. Grandes olhos azuis? Nem tanto.”

Talvez essa relação entre caráter e dinheiro seja mais verdadeira nos Estados Unidos do que no Brasil, mas os conselhos das duas realmente fazem algum sentido. Elas recorreram até a pesquisas científicas para mostrar por que as mulheres devem se preocupar com o dinheiro na hora de casar. Uma pesquisa do professor Stephen Jenkins, diretor do Instituto para Pesquisa Econômica e Social, por exemplo, mostra que cinco anos depois do divórcio, os homens estavam 25% mais ricos e as mulheres, mais pobres do que quando eram casadas. A principal razão para isso, segundo o estudo, é a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que fica ainda maior quando elas têm filhos.
A tese de que o dinheiro é muito mais importante num relacionamento do que queremos admitir não é exatamente nova. Está na base dos casamentos arranjados de sociedades tradicionais e foi assunto de outros livros, como o recente The Secret Currency of Love - The anabashed truth about women, money and relationship (algo como “A moeda secreta do amor - A verdade nua sobre mulheres, dinheiro e relacionamentos”, ainda sem tradução para o português), da americana Hilary Black, lançado em janeiro.
OK. Acho que todas concordamos que amor não enche barriga, mas eu, que ainda não me casei, pergunto-me se conseguiria tomar uma decisão dessas olhando para o dado frio conta bancária. Se já é difícil conviver com quem amamos, como seria, então, dividir a vida com o “senhor segurança financeira”?














Sou mais a antiga receita de namorar, noivar e casar por amor, pra mim dinheiro nunca foi e nunca será sinônimo de felicidade plena.
Claro que é muuuuuuuiiiiiitooo boooom, mas pra mim não é tudo, jamais me interessaria por uma pessoa por dinheiro, não consigo..!


:O

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